O impressionante hotel Burj Al Arab, localizado em Dubai, é considerado o melhor hotel do mundo. A idéia da construção desse oásis no meio do deserto foi do xeque árabe Mohammed bin Rashid Al Maktoum, príncipe herdeiro de Dubai. Em 1993, o arquiteto Thomas Wills Wright, do escritório britânico WS Atkins, um dos maiores do mundo na área de engenharia e arquitetura, assinou contrato para desenhar o projeto. Mais de 70.000 metros cúbicos de concreto e 9.000 toneladas de aço foram usados para erguer a torre de 321 metros de altura em formato de vela de barco, que é uma homenagem à tradição marítima da região.
Sua inauguração ocorreu em 1999 e, desde então, os proprietários não têm poupado esforços para promovê-lo. Em 2005, por exemplo, o heliponto do Burj Al Arab foi transformado numa quadra de tênis para um jogo de exibição entre o americano Andre Agassi e o suíço Roger Federer (foto).
Na decoração da construção, foi usado ouro suficiente para cobrir um campo de futebol oficial. O hotel é rodeado por esculturas coreografadas por fontes de água e chamas de fogo. Quem quiser desfrutar desta jóia, terá de pagar por uma diária mínima de 2.000 dólares.
Tudo ali foi concebido para superar de longe o que a concorrência oferece de melhor em termos de luxo. O festival de mordomias começa no traslado do aeroporto de Dubai ao Burj Al Arab, em que o serviço é feito a bordo de helicópteros ou de Rolls-Royce (foto). O saguão do hotel tem o átrio mais alto do mundo, com 180 metros. Há também um mordomo por andar à disposição dos hóspedes, 24 horas por dia. Como o Burj Al Arab fica numa ilha artificial a 280 metros da praia, existe uma frota de carros elétricos que transportam os hóspedes por uma ponte até o continente. Lá, instalados na areia, eles recebem toalhas geladas e, de tempos em tempos, jatos de spray da água francesa Evian para suportar a temperatura que, no verão, bate na casa dos 40 graus centígrados.
O hotel possui 6 restaurantes e um dos mais badalados é o Al Mahara, onde as mesas estão dispostas ao redor de um aquário gigante com tubarões e enguias, entre outras espécies. Todas as suítes (foto) são no padrão dúplex, com vista privilegiada para o Golfo Pérsico, e vêm equipadas com laptops, TVs de plasma de 42 polegadas e um menu que permite aos ocupantes escolher entre 13 opções de travesseiro.
Construção:
Um dos projetos mais arrojados do arquitetura moderna, o hotel foi um desafio para os engenheiros que participaram de sua construção.
Em 1993, a empresa de resorts Jumeirah International apresentou sua visão ao arquiteto do Burj Al Arab, Tom Wright. Jumeirah queria algo icônico - um edifício que pudesse destacar-se dentre os marcos mais importantes do mundo. O preço não era um fator. Jumeirah também desejava seu hotel de luxo construído longe da costa, de modo que ele se destacaria do desenvolvimento nos arredores. Assim, todas as partes tendo concordado, o hotel-iate apropriadamente se ergueria do Golfo Persa, conectado por uma trilha elevada que seria cruzada apenas pela frota de Rolls Royces do hotel.
Entretanto, retirar a terra do oceano é algo extremamente difícil. Foram necessários dois anos para criar uma ilha que ficasse no lugar, sobre uma base de areia, por meio de fricção. Os operários mandrilaram pilhas de aço no fundo do mar para que suportassem o edifício massivo e armaram a ilha com unidades de concreto pré-moldado em forma de "telheiros" - blocos vazados especialmente projetados para minimizar a força das ondas. Os operários, em seguida, encheram a estrutura com areia escavada de um leito do mar longe da costa. A ilha, entretanto, não é um simples castelo de areia sustentado por concreto. Ela não somente suporta um edifício de 320 metros, como também tem três níveis de subsolo entalhados no mar.
Até mesmo depois de ter sido completada a criação de uma ilha de areia estendendo-se mais de 280 metros no Golfo, os arquitetos e engenheiros ainda tinham de projetar um edifício que pudesse suportar fortes ventos do golfo, tremores sísmicos e uma atmosfera corrosiva. O Burj consiste em um exoesqueleto de aço, vidro altamente refletivo, um mastro e a vela de tecido que o define. O exoesqueleto arqueia-se em forma de V, formando a estrutura do contorno da vela. Durante o dia, o tecido suaviza a luz que é filtrada para o interior do átrio. À noite, o tecido scrim serve como uma tela de projeção para um show em luzes exuberantes. O mastro, que não faz parte do exoesqueleto, ergue-se cerca de 60 metros acima do topo do edifício.
Duas estruturas projetam-se além da linha reta do mastro e da vela curva. O Restaurante Sky View (foto) está situado na lateral do mastro, cerca de 200 metros acima do oceano. No outro lado do edifício, um heliporto circular parece pairar na parte frontal da vela.
Seguem abaixo os links para o vídeo-documentário, dividido em 5 partes, que exibe passo-a-passo a construção desta maravilha!
1ª Parte:
2ª Parte:
3ª Parte:
4ª Parte:
5ª parte:
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